Regras Diferentes: Perdão

Na parte dois de uma série de quatro sobre as regras diferentes que os Cristãos são chamados para viver, o Rev. Pedro Pillot da igreja Asbury UMC em Camden, NJ ensina que o perdão é mais do que uma ação - é um estilo de vida.

Regras Diferentes com Pedro Pillot
3) Amor

Meu nome é Pedro Pillot. Eu sou o pastor da igreja Asbury United Methodist Church em Camden, New Jersey.

No mundo pós 11/09/2001, é estranho dizer que Jesus de Nazaré tinha uma ideologia extremista. Ele pregou sobre a vinda de uma nova ordem política onde geralmente é o oposto do que esperamos, e ele chamou isso de Reino de Deus.

Nós conhecemos o ditado “se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra” mas nós esquecemos de como Jesus praticou isso. Não é somente “oferece-lhe a outra” quando alguém te bater, é “ame os seus inimigos. Ore pelos que te perseguem”. Jesus disse, “se qualquer te obrigar a caminhar uma milha, vai com ele duas”. “E ao que pleitear contigo e tirar-te a vestimenta, larga-lhe também a capa”.

É fácil de perdoar os que nos machuca uma vez. É um pouco mais difícil perdoá-lo a segunda vez. Na terceira vez, muita gente desiste. Se uma pessoa me fizesse mal três vezes em um dia, eu diria “Pare de pedir desculpas porque claramente você não se arrependeu’. Porque não faz sentido esse tipo de perdão. Parece injustiça. 

E por isso que nos Estados Unidos, o perdão não é uma parte maior do nosso conceito de justiça. Nós agimos como se a justiça fosse o resultado parcial extraído de um transgressor no processo de prejudicar alguém. Há 2 milhões de pessoas encarceradas nos EUA hoje, e mais de 4 milhões sendo supervisadas pelos Estados através da liberdade condicional. Quando eles finalmente terminam de pagar o que devem a sociedade, eles descobrem que os empregadores podem discriminá-los legalmente  por causa do seu passado criminal. E muitas vezes, os crimes que levam as pessoas ao sistema penal vem da pobreza e das doenças mentais. Aonde está a justiça nisso?

Se você olhar as escrituras Hebraicas, você vai se surpreender em aprender que apesar de às vezes isso ter uma reputação ruim, a execução na Bíblia era reservada para os crimes mais hediondos. Crimes onde o que foi roubado não pode ser reconstituído, e o encarceramento nunca foi prescrito como punição Ao invés disso, você vê que a lei exige  qualquer dano feito ao outro seja restaurado. O que foi privado do outro, tinha que ser retornado com juros. Na Bíblia, justiça não é um questão de pagar mal com mal, mas uma questão de curar o que foi danificado.

Jesus praticou esse princípio extremamente. Ele disse aos seus estudantes que se alguém cometer um erro contra você uma vez e pedir desculpas, você deve perdoar. E se ele errar de novo, perdoe novamente. E se ele errar outra vez, perdoe outra vez. Porque quando prejudicamos a outra pessoa nós criamos um ciclo. A cicatriz que causamos no nosso irmão pode ser o que o leva a machucar a nossa irmã, e por aí vai. O pecado passa de pessoa  a pessoa, assim como fogo passa de casa a casa. Perdão é o que acontece quando nos levantamos contra o mal e recusamos que ele nos queime completamente.

O Perdão radical, perdoar aqueles que ativamente esperam que você seja destruído, não quer dizer que os outros vão te usar. O perdão radical é o ato de recuperar a nossa dignidade como seres humanos, que tem todo o direito de condenar os que nos atacou, mas escolhe um princípio maior. É assim que vivemos nesse Reino de Deus que Jesus tanto pregou

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